CARNAVAL
Pelourinho
São várias as versões sobre a origem da palavra Carnaval. No dialeto milanês, Carnevale quer dizer "o tempo em que se tira o uso da carne", já que o Carnaval é propriamente a noite anterior à Quarta-Feira de Cinzas. No Brasil, o evento é a maior manifestação de cultura popular, ao lado do futebol. É um misto de folguedo, festa e espetáculo teatral, que envolve arte e folclore. Na sua origem, surge basicamente como uma festa de rua. Porém, na maioria das grandes capitais, acaba concentrado em recintos fechados, como sambódromos e clubes.
SURGE O TRIO ELÉTRICO
No ano seguinte, surgiu, então, a famosa dupla elétrica. Após observarem o desfile da famosa "Vassourinha", entidade carnavalesca de Pernambuco que tocava frevo na rua Chile, e empolgados com a receptividade do bloco junto ao público, a dupla elétrica formada por Dodô e Osmar resolveu restaurar um velho Ford 1929, guardado numa garagem. No Carnaval do mesmo ano, saiu às ruas tocando seus "paus elétricos" em cima do carro e com o som ampliado por alto-falantes. A apresentação aconteceu às cinco horas da tarde do domingo de Carnaval, arrastando uma multidão pelas ruas do centro da cidade.
O nome "trio elétrico" surgiu em 1951, quando, pela primeira vez, apresentou-se no Carnaval um conjunto de três instrumentistas. A "dupla elétrica" convidou o amigo e músico Temístocles Aragão para integrar o trio para sair e para tocar nas ruas de Salvador numa "pick up Chrysler", modelo Fargo, maior que a "fobica" do ano anterior, em cujas laterais se liam em duas placas: "O trio elétrico".
Osmar tocava a famosa "guitarra baiana", de som agudo; Dodô era responsável pelo "violão-pau-elétrico", de som grave, e Aragão, pelo "triolim", como era conhecido o violão tenor, de som médio. Estava formado o trio musical.
Surge em 1961, o primeiro desfile público do Rei Momo, papel desempenhado pelo motorista de táxi e funcionário público Ferreirinha.
No ano seguinte, surgiu o primeiro grande bloco de Carnaval, denominado "Os Internacionais", composto apenas por homens. Nesta época, a todo instante "pipocava" um trio elétrico novo, mas os blocos iam para as ruas acompanhados somente de baterias ou grupos de percussão. Foi aí que também apareceram as famosas cordas e as mortalhas para brincar o Carnaval.
DÉCADA DE 90
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A década é marcada pela preocupação nas contratações das bandas, a questão da segurança, do conforto interno, da indumentária e do design dos trios. Inúmeros profissionais da área de engenharia e arquitetura passam a criar projetos para os trios elétricos. Em 1990, surgiram os chamados blocos alternativos - assumidos como alternativa de diversão aos dias do tradicional desfile de blocos nos principais circuitos, de domingo a terça-feira.
Dois anos depois, o Carnaval ganhou definitivamente o bairro de Ondina como novo espaço destinado à festa. Em 1993, o evento foi impulsionado por uma onda que marcou a sua história e o posicionou em um novo patamar de diferenciação dos festejos de todo o País. Foi ainda potencializado pela explosão nacional da axé music e pelos êxitos dos empresários ligados aos blocos de trios, que alcançaram novos níveis de profissionalização e montaram verdadeiras máquinas de fazer sucesso. O abadá ressurgiu como nova indumentária carnavalesca.
1997 - A Retomada da Profissionalização.
Ano da grande virada do carnaval de Salvador que voltou a ser desenvolvido segundo um tema de motivação cultural, homenageando o maior romancista baiano: Jorge Amado. A decoração da cidade foi alusiva a este tema, houve o bloco dos Amados Amigos de Jorge, com artistas desempenhando personagens dos livros do escritor baiano. Tieta foi a personagem símbolo do carnaval que reiniciou o seu processo de auto-sustentabilidade através das receitas obtidas pela cessão de espaços da folia para a publicidade de empresas. A organização e a profissionalização do evento alcançou patamares elevados reposicionando o carnaval de Salvador entre os mais importantes eventos populares do mundo. Entre as novidades introduzidas se destacaram a divulgação do evento via Internet, um tempo maior de exposição na mídia local e nacional, apresentando inclusive flash no programa Fantástico, da Rede Globo, a vistoria dos veículos das entidades carnavalescas feita em uma central única, que funcionou de maneira efetiva no Parque de Exposições da Bahia e, a moralização no cumprimento das exigências legais feita pela Prefeitura, através dos órgãos competentes (SESP, SUCOM), que passou a cobrar taxas de licenciamento previstas em lei, bem como as multas devidas pelas entidades. carnaval de 99
1999 - A Consolidação de um Modelo Organizacional.
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Tendo como base os resultados obtidos nos estudos econômicos realizados no carnaval anterior, o carnaval de 98 alcançou um patamar de qualidade nunca visto. O tema escolhido foi alusivo aos 30 anos do movimento Tropicália e teve como homenageados Caetano Veloso, Gilberto Gil e Gal Costa. O bloco da Prefeitura voltou a se apresentar com convidados e cantores que além de renderem homenagens à Tropicália, reverenciaram Osmar Macedo, um dos criadores do trio elétrico, falecido em julho de 97. A qualidade das estruturas físicas montadas para o carnaval tiveram uma melhoria significativa dando melhores condições de trabalho e de funcionamento bem como melhoria do aspecto estético. O circuito carnavalesco do Centro Histórico passou a apresentar uma animação estruturada inclusive com programação variada e eclética (Concurso Gay, etc.). A cidade passou a contar com uma iluminação complementar que garantiu o nível de iluminação adequado a um evento do porte do nosso Carnaval.
Filhos de Ghandi Igreja do Bonfim à Noite.
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